Sem a agricultura de precisão,
ninguém irá ao futuro no agro
Por José Luiz Tejon Megido, membro do Conselho Científico
Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.
Será possível levar seres humanos ao futuro sem um gigantesco esforço de educação na agricultura de precisão?
Não basta somente a educação passiva. Precisamos de educação persuasiva, ativa, entusiasmada e motivacional, pois o drama do aprendizado não está nos 20% que têm vontade e partem à frente; o drama da educação está nos outros 80%. Isso exige educadores persistentes e apaixonados para não deixarem seres humanos para trás.
Mas, o que isso tem a ver com o agronegócio?
Respondo sem pensar duas vezes: tem tudo a ver, pois quatro milhões de produtores rurais no Brasil, sendo que cerca de 70% respondem por menos do que 4% da renda bruta da produção da agropecuária brasileira.
Agora não venham com chororô, de que falta isso ou aquilo. Tudo falta, mas o que mais falta é o retorno forte e muito bem liderado da extensão rural brasileira.
Técnicos no campo ensinando a fazer e legítimos agentes do entusiasmo e da motivação dos produtores, principalmente os pequenos, que se não estiverem associados e cooperativados, poucas chances terão de ir ao mercado e ao futuro.
O Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão (ConBAP) 2018 foi realizado entre os dias 1 a 4 de outubro em Curitiba/PR. Ali se discutiu o estado mais sofisticado da arte tecnológica.
Há muito para ser feito na agricultura de precisão, já que a tecnologia do passado, conhecida há 40 anos, é muito mal usada. Para isso, precisa de extensão rural, técnicos no campo educando e motivando. Sem a agricultura de precisão, ninguém irá ao futuro no agro.
Precisamos urgente resgatar os extensionistas brasileiros, usando novas mídias e muita educação.
Por exemplo: em Mato Grosso, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) quer inaugurar uma nova era, buscando parcerias com empresas privadas e ONGs para resgatar a dignidade de mais de 140 mil produtores familiares do Mato Grosso, seu alvo essencial.
Chegou a hora do regresso da extensão rural e da pesquisa no microbioma nos campos brasileiros com parcerias público-privadas, acima de tudo. Sobre o CCAS O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o
objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website:http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook:http://www.facebook.com/agriculturasustentavel.