Lissauer defende celeridade na aquisição
de vacinas contra a Covid-19 e destaca
projetos apreciados pela Alego
Temas relacionados à compra de vacinas pelo governo federal, as medidas para conter a disseminação do vírus no estado e a convocação das sessões extraordinárias remotas foram abordados pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás durante entrevista concedida à TV Alego
Em entrevista concedida à TV Alego ao final da sessão extraordinária remota desta quarta-feira, 17, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), abordou uma série de temas voltados para o enfrentamento da pandemia, além das matérias da governadoria que estão sendo apreciadas pela Casa. Entre elas, os projetos que alteram as legislações referentes ao Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás (Produzir) e o que autoriza o Executivo a celebrar com a União contrato de confissão e refinanciamento de dívidas. De acordo com o chefe do Poder Legislativo, discussões importantes e que precisam de celeridade por parte do Parlamento goiano.
“O momento é crítico e nós estamos tendo o cuidado de respeitar os decretos municipais e estaduais. Porém, existem matérias de suma importância para o bom andamento do estado de Goiás e que, portanto, precisam ser apreciadas de forma célere pelos parlamentares goianos. Entre elas, a que trata do refinanciamento das dividas do estado com a União, uma pauta que precisa ser deliberada em caráter de urgência, haja vista, que Goiás vive há anos de liminar que suspende essas dívidas”, ressaltou Lissauer Vieira.
Em cumprimento aos protocolos de saúde para evitar a disseminação da Covid-19, durante a realização das sessões extraordinárias remotas apenas o presidente da Casa, o líder do Governo, deputado Bruno Peixoto e a equipe técnica realizam os trabalhos de forma presencial. Os demais parlamentares participam das sessões e também das comissões temáticas através do sistema virtual.
Aquisição de vacinas
A busca pelas vacinas contra a Covid-19 por parte dos estados e municípios, sobretudo, em Goiás, foi outro tema abordado pelo presidente Lissauer Vieira durante a entrevista. Segundo ele, há uma forte mobilização entre os gestores municipais para a aquisição de imunizantes, no entanto, não existe, no momento, disponibilidade pelos laboratórios, tendo em vista que, toda a produção dos lotes será priorizada para o governo federal, que por sua vez, fará a distribuição para os entes federados através do Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Todo mundo está angustiado com relação à vacina, a população quer e precisa ser vacinada. Porém nós precisamos ser claros, não existe, no momento, vacina no mercado para comprar, todos os laboratórios estão dando preferência absoluta para o governo federal. Os municípios estão fazendo consórcios para a aquisição, mas os laboratórios não vão fornecer nenhum lote de vacina antes de repassar para a União. Vamos ter que paciência e cobrar das nossas autoridades sanitárias e do Ministério da Saúde a celeridade e extrema urgência na aquisição dessas vacinas”, pontuou Lissauer.
Decreto estadual
Ainda durante sua participação no Alego News, o presidente Lissauer Vieira repercutiu a adoção do sistema de revezamento das atividades econômicas em Goiás, determinado através do decreto estadual que entrou em vigor nesta quarta-feira, 17. De acordo com o chefe do Poder Legislativo, a medida é necessária diante do aumento significativo de casos e internações em decorrência da Covid-19. Para ele, o momento é de cautela e conscientização por parte da população goiana.
“Nós sabemos que não existe vida sem economia e economia sem vida e, por isso, precisamos achar um ponto de equilíbrio. Vejo que não adianta o governo disponibilizar mais leitos hospitalares, como já vem sendo feito, viabilizar empréstimos, auxílios emergenciais, sem que haja um entendimento da nossa população. Se nós diminuirmos a incidência do vírus, o governo não precisará fechar a economia, mas para que isso aconteça precisamos da ajuda de toda a sociedade durante esses 14 dias. Somente com a ajuda de todos conseguiremos sair dessa crise”, afirmou Lissauer.